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Alma de um VagaMundo

sexta-feira, fevereiro 25, 2005

Por outras paragens... 

Pois é, meus caros leitores e amigos, as primeiras férias do ano estão aí. Durante a próxima semana irei caminhar para outras paragens. O pano de fundo será o Ribatejo, o Alentejo e a terra de Nuestros Hermanos. Não serão paragens exóticas mas sim paragens que aquecem o coração. Porque nem sempre é preciso ir muito longe para se fazer grandes viagens...

Ficam naturalmente prometidas as já habituais crónicas. Para todos vocês votos de um bom fim-de-semana, e se já não nos virmos mais, de uma boa semana.

Hasta Luego!!!

A. Narciso @ sexta-feira, fevereiro 25, 2005

quinta-feira, fevereiro 24, 2005

Hora do Cinema 

Baseado num romance de Sebastien Japrisot, o filme “Longo Domingo de Noivado” volta a juntar o realizador e a principal actriz de “O Fabuloso Destino de Amélie”, nomeadamente Jean-Pierre Jeunet e Audrey Tautou.



A acção de ''Um Longo Domingo de Noivado'' desenrola-se em França. O tempo é o do imediato pós-I Guerra Mundial: o armistício foi assinado, os soldados foram voltando da frente, mas o noivo de Mathilde (a personagem de Tautou) não. Apesar de o rapaz ter estado numa trincheira do Somme onde a mortandade foi enorme, Mathilde sabe (porque "sente") que ele há-de estar vivo algures, contra todas as probabilidades e contra todos os testemunhos em contrário. Decide, portanto, ir à procura dele descobrindo que ele fazia parte de um grupo de cinco soldados que foram condenados à morte, por um tribunal marcial, por se terem auto-mutilado para fingir ferimentos de forma a escaparem à guerra.

Com um mosaico de excelentes personagens secundárias (como o carteiro que não resiste a derrapar no cascalho, os patuscos tios de Mathilde ou o detective que esgravata a verdade como um fuinha) e de actores (de onde se destacam Audrey Tautou e Gaspard Ulliel), e uma realização inteligente (que alterna os flashbacks das cenas da guerra com o desenrolar das investigações de Mathilde), Jeunet apresenta-nos um filme com a dose certa de momentos de tensão, amor e mistério pautadas pela música de Angelo Bandalamenti.

Boas Sessões!!!

Um Longo Domingo de Noivado
Título original: Un Long Dimanche de Fiançailles
De: Jean-Pierre Jeunet
Com: Audrey Tautou, Jodie Foster, Gaspard Ulliel
Classificacao: M/16
FRA, 2004, 134 min.

A. Narciso @ quinta-feira, fevereiro 24, 2005

terça-feira, fevereiro 22, 2005

O Mundo Mudou 

Ontem caminhei pelas ruelas por onde sempre caminhei, por onde sempre me gostei de perder, para depois me reencontrar. Nada mudou naquele labirinto de paredes nuas e estradas calcetadas. As mesmas pessoas encostadas à parede de uma qualquer taberna. Os mesmos cigarros travados entre conversas, risos e soluços. Os mesmos pregões dos vendedores de rua, os mesmos carteiristas à coca, as mesmas senhoras a coscuvilharem nas velhas varandas do número sete. Admira-me ainda estar de pé aquela ruína em forma de prédio, onde por debaixo das suas arcadas tudo se vende... até a alma se houver comprador para ela.

Caminhei, como sempre caminhei, em direcção aquela fonte que à noite se ilumina. Como sempre, um grupo de estudantes fumava cannabis enquanto divagava sobre um qualquer objecto de estudo. Fui reconhecido por um deles. Sentei-me a seu lado... escutei a conversa animada, soltei duas, talvez três palavras, sorri e parti.... como sempre.

Já era tarde... a lua já espreitava por entre o velho campanário, semi-encoberta por uma nuvem solitária. Na taberna as luzes apagavam-se. Os últimos clientes iam saindo a cambalear em busca de uma cama, de um colchão ou apenas de um beiral. Somente mais uma noite, como outra qualquer... nada mais, nem nada menos. Um olhar distante diria que nada mudou. Como erram os olhares distantes. Tu hoje habitas em mim... em cada passo, em cada olhar, em cada lágrima, em cada sorriso, em cada pensamento... Tu estás lá. E todo um mundo mudou.

Rodo a chave... abre-se a velha porta de carvalho. Lanço de esguelha o meu ultimo olhar à lua. Piscas-me o olho e desenhas na face aquele sorriso tão teu. O vento sussurra baixinho a palavra Amor. Entro sem acender a luz. O meu olhar no teu tudo ilumina. Deitado naquela cama vetusta escuto a tua voz dizer “Boa Noite”. Lentamente entrego-me ao Amanhã...

AAA

Fotografia de Christian Coigny

A. Narciso @ terça-feira, fevereiro 22, 2005

segunda-feira, fevereiro 21, 2005

Quadro e Lugar da Semana XLV 

Bom dia,

A semana começa com a ressaca das legislativas. Para o bom e para o mau, Portugal tem agora uma maioria absoluta socialista, pela primeira vez na sua história. Independentemente das cores, faço votos para que os escolhidos, democraticamente, levem Portugal a bom porto nos quatro anos que se seguem. Julgo que acima de tudo é isso que os portugueses querem... o mais importante sempre será erguer bem alto o verde e o vermelho de todos nós (com a simplista bolinha amarela ao centro). Todas as outras cores de pouco me dizem...

No que à nossa rubrica semanal diz respeito, nos lugares hoje vamos até Mérida, a capital da Extremadura, também conhecida como a Roma espanhola. Vale a pena ver o Teatro Romano, o Templo de Diana (semelhante ao que podemos ver em Évora), a ponte romana sobre o Guadiana (uma das que estão melhor conservadas) e o aqueduto de São Lázaro. Depois, nada como terminar o dia comendo umas tapas no centro da cidade.

Nas artes vamos até ao outro lado do atlântico, até à Argentina, para apreciar a arte de Raquel Forner, mais especificamente a sua obra “ A Torre de Babel”.

Para quem estiver a pensar dar uma saltada ao Alto Alentejo para fins de Dolce Vitta, recomendo a uma passagem por aqui, aproveitando as amáveis e tentadoras sugestões da amiga Alex.

Para todos Votos de Uma Boa Semana!!!

Quadro da semana:


Raquel Forner, A Torre de Babel
(Argentina, 1902-1988)


Lugar da Semana:


Teatro Romano, Mérida

A. Narciso @ segunda-feira, fevereiro 21, 2005

sexta-feira, fevereiro 18, 2005

Forças da Natureza 



Amo-te com a calma das águas
correndo vagorosamente num regato,
abraçando lagos e açudes.

Amo-te como o vento,
que sopra ténue as folhas na mata
e acaricia as flores nos jardins.

Amo-te como o fogo que acende a lareira,
que aquece e convida ao prazer
soltando lavas incandescentes de paixão.

Amo-te como a terra fecunda,
que acolhe as sementes, gera frutos,
abriga vales e montanhas.

Amo-te com as forças da Natureza!

Fotografia de Jean Andre

A. Narciso @ sexta-feira, fevereiro 18, 2005

quinta-feira, fevereiro 17, 2005

Restaurante Varanda Azul - Dolce Vitta 



Em pleno Estádio do Restelo encontra-se um restaurante que é uma autêntica varanda para o Tejo, fazendo assim justiça ao seu nome. O espaço em si é agradável e o serviço é atencioso e eficiente, discretamente acolhedor. Este restaurante é no fundo, a concretização do conceito usualmente designado por “slow food”.

É aconselhável reservar, sobretudo se quiserem ficar nas mesas que permitem usufruir da vista observável na fotografia. O estacionamento, sempre ponto importante em Lisboa, não poderia ser mais fácil, visto que os clientes do restaurante podem usufruir do parque privativo do Estádio.

No que à refeição em si diz respeito a escolha é boa e variada. Para entrada recomenda-se os pimentos com alho ou os cogumelos com bacon, enquanto se escolhe o prato principal. Destes destaco algumas das especialidades da casa que vale a pena conferirem.

Nos Peixes chamo então a atenção para o camarão tigre panados com arroz de lingueirão, para o bacalhau lascado com migas de feijão frade, para o polvo no Forno, para o arroz de tamboril e para a lampreia à bordalesa.

No que a Carnes diz respeito o meu destaque vai para o leitão assado à moda da Bairrada, para o cabrito assado à moda de Oleiros, para o pato assado no forno com coentros e batatas a murro, para a galinhola à beiroa e para o bife do lombo com pimenta e natas.

A garrafeira da casa é também um dos seus pontos altos. Muito eclética e criteriosa, podem encontrar no Varanda Azul praticamente todos os vinhos, servidos a preceito. Sejam eles as últimas novidades, sejam autenticas raridades. Por tal razão julgo não ser pertinente fazer uma sugestão.

Bom Apetite!!!

A. Narciso @ quinta-feira, fevereiro 17, 2005

terça-feira, fevereiro 15, 2005

Somos 



Já não sou o Bardo das palavras
Já não sou o Trovador de versos
Já não sou Poeta
Somos Poema!

Fotografia de José Marafona

A. Narciso @ terça-feira, fevereiro 15, 2005

segunda-feira, fevereiro 14, 2005

Quadro e Lugar da Semana XLIV 

Bom dia,

Hoje é o dia oficial dos Namorados. Para mim é um dia à semelhança do Natal, ou seja é quando o Homem quiser, ou melhor, neste caso, quando os enamorados quiserem. Ainda assim é um dia simbólico que gosto de celebrar ao lado de quem amo, de quem mais desejo a meu lado todos os dias. E hoje essa será a melhor prenda...

Por ser o dia que é, nas artes a escolha recai sobre “O Beijo” de Gustav Klimt, em exibição na Österreichische Galerie em Viena. Este beijo quero que seja sempre o teu...

Se bem que o espaço e o tempo sejam irrelevantes no amor, nas viagens hoje vamos até Paris, a capital dos amantes.

Para terminar quero apenas agradecer ao Eufigénio a menção ao post “Cada Lugar Teu” , e ao Carriço e à Monalisa pela menção nos seus espaços à rubrica Dolce Vitta, onde sempre tento trazer até vós lugares para passarem momentos de qualidade em boa companhia. Aproveitem e vejam as suas sugestões.

Votos de uma Boa Semana e de Um Feliz Dia dos Namorados!!!

Quadro da semana:


Gustav Klimt, O Beijo
(Austria, 1862-1918)


Lugar da Semana:


Notre Dame, Paris

A. Narciso @ segunda-feira, fevereiro 14, 2005

sexta-feira, fevereiro 11, 2005

Cada Lugar Teu 

Escuto-a hoje a cada instante, sem qualquer tipo de material electrónico. Escuto-a sempre que, por descuido, me perco em memórias. Escuto-a, escuto-me, escuto-te e não encontro palavras melhores... talvez encontre, mas gosto destas. Por isso deixo-as por aqui, como as poderia deixar noutro lugar qualquer... na dobra de um livro, numa sebenta negra, numa parede deserta, num vidro embaciado, na areia molhada da praia ou simplesmente no ar...


Fotografia de José Marafona

"Sei de cor cada lugar teu
atado em mim, a cada lugar meu
tento entender o rumo que a vida nos faz tomar
tento esquecer a mágoa
guardar só o que é bom de guardar.

Pensa em mim protege o que eu te dou
Eu penso em ti e dou-te o que de melhor eu sou
sem ter defesas que me façam falhar
nesse lugar mais dentro
onde só chega quem não tem medo de naufragar.

Fica em mim que hoje o tempo dói
como se arrancassem tudo o que já foi
e até o que virá e até o que eu sonhei
diz-me que vais guardar e abraçar
tudo o que eu te dei.

Mesmo que a vida mude os nossos sentidos
e o mundo nos leve pra longe de nós
e que um dia o tempo pareça perdido
e tudo se desfaça num gesto só.

Eu vou guardar cada lugar teu
ancorado em cada lugar meu
e hoje apenas isso me faz acreditar
que eu vou chegar contigo
onde só chega quem não tem medo de naufragar."

Mafalda Veiga

A. Narciso @ sexta-feira, fevereiro 11, 2005

quarta-feira, fevereiro 09, 2005

Era uma vez... 



Era uma vez... quantas historias não foram já escritas começando assim? Muitas certamente. E todas elas têm outro ponto em comum: a sua unicidade.

Também assim o é, a nossa. Muitas vezes recordo aquela tarde inesquecível... foi num passeio outonal, pelo meio dos verdes pinhos de uma qualquer floresta perdida no tempo. Falávamos, animados pela brisa que fazia balancear as árvores numa dança perpétua, ao som da valsa por elas tocada. Por debaixo dos nossos pés alguns gravetos se quebravam ante a nossa passagem. Nos céus, sempre nos céus, as cotovias voavam e cantavam. Foi assim... recordo-me bem... toquei ao de leve na tua mão, vi o sorriso nascer no brilho dos teus olhos e soube amar-te. Esse sorriso nunca mais te deixou, assim como o encantamento que deixou em mim. Beijei-te, ou melhor, beijamo-nos. Sim, porque o Eu faz pouco sentido quando é o Nós quem somos. Tem graça isto do Nós. Já o tinha lido em livros, visto em filmes e até mesmo escutado em baladas lamechas de românticos... já me tinha rido a bandeiras despregadas da invisibilidade dos amantes.

Mas hoje recordo-me bem daquela primeira vez... foi naquele areal de que tanto me falavas. Caminhávamos os dois com o mar como horizonte, com a brisa do Oceano a fazer esvoaçar os teus finos cabelos alados, trazendo com ela o odor das ninfas que o habitam. Ou seria o teu perfume? De pouco interessa. Nos céus, pincelados pelo branco das gaivotas, o sol brilhava. Era uma bela tarde de Verão... toquei ao de leve na tua mão, vi o sorriso nascer no brilho dos teus olhos e soube amar-te. Beijamo-nos! Sim, agora já não me engano.

Lembro-me bem! Estava um frio de rachar. O ano ainda era uma criança quando nos aventuramos na gélida montanha, na tarde dos nossos sonhos. Seguíamos o trilho de um qualquer animal pelo meio do imenso manto branco. Disseste-me que era de um coelho... sorri. De pouco importava de quem seriam as pegadas. O trilho, que verdadeiramente importava, recebia agora os primeiros passos destes eternos caminhantes. Terminamos o dia numa qualquer cabana de madeira com o crepitar da lareira como horizonte. Lá fora nevava. Bebíamos o vinho do qual tanto te havia falado... toquei ao de leve na tua mão, vi o sorriso nascer no brilho dos teus olhos e soube amar-te. Uniram-se os nossos lábios.

Como podes ver, recordo-me bem daquela tarde primaveril, num qualquer café lisboeta, ao sabor das palavras, sobre o aroma de um café... trocamos sorrisos, trocamos momentos, nasciam certezas... toquei ao de leve na tua mão, vi o sorriso nascer no brilho dos teus olhos e soube amar-te.

Pois é, de pouco importa onde, no espaço e no tempo, coloco aquela tarde... sempre acaba assim... com duas almas distintas perdidas no mesmo sonho.

Fotografia de Victor Ivanovski

A. Narciso @ quarta-feira, fevereiro 09, 2005

segunda-feira, fevereiro 07, 2005

Quadro e Lugar da Semana XLIII 

Pois é, estamos na semana do Carnaval, e depois do Domingo chuvoso que estragou alguns dos cortejos aos foliões, tudo indica que o dia de Carnaval em si vai estar frio mas solarengo. Não que muito me importe porque, e aqui confesso, não sou adepto de Carnaval. Ainda assim em Roma sê romano!

Por isso a nossa rubrica semanal irá ser um convite para olharem para alguns dos mais famosos carnavais da Europa (exceptuando os portugueses, porque esses, mesmo que não queiram vão dar por eles).

A Elvira da Tabacaria já realçou, e muito bem o Carnaval de Köln, um dos mais emblemáticos do norte da Europa. Saibam mais aqui.
Nas artes vamos até ao Rijksmuseum, em Amsterdão ver o fantástico quadro, “A Ronda da Noite” do mítico Rembrandt. E já que estamos na Holanda porque não passar por Roterdão e ver “in loco” o outro grande Carnaval do norte europeu? Mal não faz.

Mas não podíamos falar de Carnaval sem falar em Veneza. E é por isso que o nosso local da semana é a Praça de São Marcos, um dos locais privilegiados para se assistir ao famosíssimo Carnaval, da mais romântica cidade italiana.

Votos de uma Boa Semana!!!

Quadro da semana:


Rembrandt, Ronda da Noite
(Holanda, 1606-1669)


Lugar da Semana:


Praça de São Marcos, Veneza

A. Narciso @ segunda-feira, fevereiro 07, 2005

sexta-feira, fevereiro 04, 2005

Restaurante O António - Dolce Vitta 

Aquando da minha passagem pelo Alto Alentejo, no passado Dezembro, ficou a promessa de vós falar um pouco mais do restaurante descoberto em Mora. Eu sei que já passou algum tempo, mas como diz o ditado, “mais vale tarde do que nunca”, e as promessas são para se cumprir.



Apresento-vos então, sem mais demoras, o Restaurante o António, cujo cognome é o Rei das Bifanas. Não se deixem intimidar nem pelo nome, nem pela entrada que se faz pela tasca que foi outrora o restaurante. Para além de ser castiço leva-nos até a uma bem agradável sala de refeições onde se come verdadeiras iguarias alentejanas, que nos são servidas com simpatia e eficiência.

Para abrir o apetite a mesa enche-se de várias entradas. Do queijo amanteigado da região até às favas com chouriço e morcela, desfila pela mesa o paio de porco preto, o feijão frade com atum, o grão com bacalhau e mesmo uma tábua mista de queijos e enchidos.



Já com o estômago bem aconchegado, é chegada a hora de olhar para a lista e escolher o prato principal. E como é vasta a oferta. Destaco o borrego alentejano estufado no forno, o pombo bravo estufado, o coelho bravo assado na brasa, a bela da açorda alentejana, o achigã grelhado (peixe típico da barragem vizinha de Montargil), a sopa de cação, o arroz de lebre, as migas de espargos com carne do alguidar e o javali estufado, onde recaiu a nossa escolha.

Para acompanhar é recomendado um bom vinho. E também aqui a escolha é boa e variada. Dos vinhos disponíveis recomendo o Borba Reserva 96 (por nós seleccionado), o Reguengos Bom Juiz Reserva 99, o Quinta do Mouro de Estremoz e o D. Rafael da região do Mouchão.

Eu sei, com tão boa comida e bebida já estão a ficar cheios. Mas deixem um espaço para o ponto mais alto, a divina sobremesa... deixem espaço para a Sericaia com Ameixa.

Bom Fim de Semana e Bom Apetite!!!

A. Narciso @ sexta-feira, fevereiro 04, 2005

quarta-feira, fevereiro 02, 2005

Tango de Amor 



Esta noite, asfixiou a dor da tua ausência.
Suspirei o teu nome,
Escutei como repetias palavras de amor.
Suspiramos juntos,
Acordei várias vezes, com a desculpa de te olhar.

Não foi um sonho, não pode ser.
Quero acreditar que não estás longe,
Que este não é um Tango figurado.

Escuta bem! É um velho Tango de Amor.
E abraçado ao violino;
Está um solitário bailarino;
Ali... naquele canto de bar.

Fotografia de Ana Portnoy

A. Narciso @ quarta-feira, fevereiro 02, 2005

terça-feira, fevereiro 01, 2005

II Festival de Cinema Alemão 

Arranca na próxima quarta-feira o 2º FESTIVAL DE CINEMA ALEMÃO, festival este que só irá terminar no próximo dia 9 de Fevereiro. Durante estes dias irão desfilar pela capital portuguesa alguns dos melhores filmes alemães do ano que findou, com o acréscimo de todos eles serem inéditos em Portugal (legendados em inglês). É portanto uma oportunidade única de verem o que bom se faz por terras germânicas.


A Sessão de Abertura terá lugar no Goethe Institut com o filme Rhythm is it! de Thomas Grube & Enrique Sánchez Lansch, na próxima Quarta-feira, 2 Feveveiro, às 19h, e contará com a presença do realizador Thomas Grube. Mas o melhor mesmo é que a entrada é gratuita, portanto não deixem de ir espreitar (generosidade alemã).


O restante festival terá lugar no Cinema King com o seguinte programa:


Quinta-feira 03-Fev
17.30 KROKO - Sylke Enders
19.00 BAADER - Christopher Roth
21.30 EN GARDE - Ayse Polat

Sexta-feira 04-Fev
17.30 THE CENTER (doc) / Die Mette - Stanislaw Mucha
19.00 OLGA’S SUMMER / Olgas Sommer - Nina Grosse
21.30 THE MIRACLE OF BERN / Das Wunder von Bern - Soenke Wortmann
00.00 NEXT GENERATION 2004 (9 CURTAS METRAGENS)

Sábado 05-Fev
17.30 EN GARDE - Ayse Polat
19.00 DEVOT- Igor Zaritzki
21.30 HEAD ON - Fatih Akin
00.00 BERLIN BLUES - Leander Haussmann

Domingo 06-Fev
17.30 THE BLIND FLYERS / Die Blindgänger - Bernd Sahling
19.00 THE LEGEND OF RITA / Die Stille Nach Dem Schuss - Volker Schlöndorff
21.30 LOVE IN THOUGHTS / Was Nützt Die Liebe In Gedanken - Achim Von Borries

Segunda-feira 07-Fev
17.30 THE MIRACLE OF BERN / Das Wunder von Bern - Soenke Wortmann
19.00 NEXT GENERATION 2004 (9 curtas metragens)
21.30 OLGA’S SUMMER / Olgas Sommer - Nina Grosse

Terça-feira 08-Fev
17.30 THE LEGEND OF RITA / Die Stille Nach Dem Schuss - Volker Schlöndorff
19.00 IT’S UP TO YOU TO MAKE IT SWING (doc) / Für den schwung sind sie zuständig - Margaret Fuchs
21.30 LEARNING TO LIE / Liegen Lernen- Hendrik Handloegten

Quarta-feira 09-Fev
17.30 THE CENTER (doc) / Die Mette - Stanislaw Mucha
19.00 KROKO - Sylke Enders
21.30 THE EDUKATORS / Die Fetten Jahre sind vorbei - Hans Weingartner

Para terminar deixo-vos com as sinopses daqueles que julgo serem os filmes imperdiveis do Festival, nomeadamente o "The Edukators" (Selecção Oficial de Cannes 2004), o "Head On" (Urso de Ouro de Berlim 2004), o "Love in thoughts" e o "Learning to lie".

Die fetten Jahre sind vorbei (The Edukators)


"Jan, Peter e Jule estão a viver os restos da sua rebeldia juvenil. Une-os a vontade de mudarem o estado do mundo. Jan e Peter tornam-se os Edukators, misteriosos perpetradores que sem violência advertem os ricos que os dias da abundância estão contados. Surgem complicações quando o vulnerável Jule se deixa arrastar pelos dois jovens companheiros. Escolhas irreflectidas tornam-se perigosas. Uma operação falhada, e que nunca fora planeada para ser um rapto, coloca os três jovens idealistas frente a frente com os valores da geração no poder."

Gegen die Wand (Head on)


"Sabe, para por fim à sua vida não precisa de suicidar-se“ sussurra o médico ao ouvido de Cahit que tem 40 anos e está hospitalizado a recuperar de uma tentativa de suicídio. Cahit sabe perfeitamente o que o médico quer dizer com isso: Ele tem que começar uma vida nova. Mesmo que a raiva dentro dele queira continuar a ser anestesiada com álcool e drogas. Sibel, uma jovem bonita com 20 anos, é, tal como Cahit, de origem turca mas ama demasiado a vida para se comportar como uma boa muçulama. Para escapar à prisão que a sua família muito religiosa e muito tradicional criou à sua volta, tenta suicidar-se. Contudo, ele acaba por sobreviver e a única oportunidade que vê para fugir à família é pedir a Cahit que este case com ela. Cahit aceita a proposta, depois de uma hesitação inicial; talvez por saber que com este passo se poderá salvar a si próprio ou talvez apenas para ter a oportunidade de, uma vez na vida, fazer algo de útil. Depois do casamento Cahit e Sabel partilham o mesmo apartamento e pouco mais. Sibel goza em pleno a sua nova liberdade e Cahit continua a ir para a cama com Maren, que mal conhece. Até ao dia em que o amor entra sorrateiramente na vida de Cahit; apaixonado por Sibel, ele volta a ter gosto pela vida e força para continuar em frente. Mas agora já é tarde..."

Was nützt die Liebe in Gedanken (Love in thoughts)


"Existe realmente o apogeu da vida? Günther e Paul estão disso convencidos: eles querem viver – até ao limite e sem compromissos – e esperam o mesmo do amor. Juntamente com a irmã de Günther, Hilde, eles passam o fim-de-semana numa casa de verão, no campo. Paul está fascinado com Hilde e apaixona-se por ela. A princípio parece que os seus sentimentos são correspondidos. Mas Hilde tem muitos amores. Secretamente encontra-se com Hans – antigo namorado de Günther. Com um numeroso grupo de amigos, organizam no jardim uma festa boémia e bem bebida. Quando Hans se vira de repente, desencadeia-se um turbilhão de emoções sem controlo. Alcoolizados com absinto, música e a sede de viver, os quatro jovens são apanhados numa voragem mortal."

Liegen Lernen (Learning to lie)


"Um ângulo novo da vida...
Helmut é um garoto desajeitado, tímido... e um pouco ingénuo sempre que se aproxima das raparigas. Quando finalmente Britta, a mais atraente rapariga do liceu, lhe presta atenção, ele só tem olhos para ela. Inesperadamente, ela anuncia que vai viver para a América com o pai, o que o deixa de rastos. Depois de meses a enviar-lhe cartas, resigna-se a que nunca terá resposta, mas no fundo do coração não se resigna a perdê-la.
Anos mais tarde, Helmut passa de um caso amoroso falhado para o seguinte. Torna-se mais confiante, mas nunca teve consciência de que a dor causada por Britta e o pedestal em que a colocara o tinham incapacitado de vir a proceder da mesma maneira em relação a outra mulher... até Tina. Tina, uma mulher independente e determinada, não acalenta ilusões. Toma Helmut por quem realmente é... , tem-no na mão. Ao fim de dois anos felizes juntos, Tina engravida. Helmut entra em pânico e foge sem mesmo compreender porquê. O que compreende é o ultimatum de Tina... é tudo ou nada e não pode sequer imaginar perdê-la. Resta a Helmut correr para Britta. Dominado pelo sentimento de que há ainda alguma coisa que tem de ser concluída, torna-se imperioso vê-la uma última vez..."

A. Narciso @ terça-feira, fevereiro 01, 2005

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2004 by Alexandre Narciso

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