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Alma de um VagaMundo

sábado, julho 31, 2004

Abu Simbel 



Deixámos o barco pelas duas da matina com destino a Abu Simbel, que fica a cerca de 250 kms de Assuão (situado a 60 kms da fronteira com o Sudão). A razão de uma partida a horas menos católicas deve-se com questões de segurança. De acordo com o que consegui apurar esta área é associada aos extremistas religiosos (fundamentalistas islâmicos) que na década de noventa levaram a cabo vários ataques a turistas culminando em 1997 com o massacre de Luxor. De acordo com as autoridades esta é a zona onde, no presente momento, se encontram os mencionados extremistas, sendo que teve proibida a passagem por estas terras até à pouco mais de 3 anos. Mesmo agora os 250 kms de deserto que separam Assuão de Abu Simbel só são feitos em caravanas de autocarros patrulhados pelo exercito Egípcio, sendo que sai 3 caravanas com cerca de 20-30 autocarros por dia. Uma delas partia às 2.30h, e foi nessa que seguimos viagem, dormitando pelo caminho.

Por volta das 5.30 olhei pela janela e pude assistir, como que num sonho, ao nascer do sol no deserto. Um momento único, que tenho pena de ter assistido meio a dormir e sentado num autocarro em movimento. Porém a Maria teve forças para ainda tirar uma foto do momento, que apesar de ter ficado desfocada pelo movimento do autocarro, dá para que fiquem com uma ideia sobre este mágico momento.



Chegamos portanto a Abu Simbel pelas 6.30h. Talhado de um penhasco no séc. XIII a.C. o Templo de Abu Simbel e o Templo de Hátor, mais pequeno, são uma visão impressionante. O grande templo foi erguido em honra de Ramsés II. A fachada de 33m de altura, com quatro colossais estátuas de Ramsés II usando a coroa do Alto e Baixo Egipto, pretendia intimidar, enquanto o interior revela a união entre o deus e o rei.





Apenas como curiosidade, em 1960 com a ameaça do lago Nasser submergir os templos, a UNESCO separou-os da montanha e transferiu-os para o penhasco artificial onde hoje estão, a cerca de 210m da localização original.

Quanto ao Templo de Hátor, foi construído por Ramsés II em homenagem à sua esposa Nefertari.



Depois das visitas ao templo era hora de apanharmos o avião com destino ao Cairo. Os bilhetes foram comprados pelos guias à porta do aeroporto na candonga sendo que viajei com o nome de Harlin, num avião sem lugares marcados. O aeroporto era tão grande tão grande, que a fila para passar no detector de metais (apenas para o nosso voo) acabava na rua.

A. Narciso @ sábado, julho 31, 2004

quinta-feira, julho 29, 2004

Aldeia Núbia 



Depois de uma viagem de camelo de quarenta minutos lá chegamos à aldeia Núbia. Apesar do Areias balancear um bocado demais foi uma “camelada” muito agradável com o deserto à direita e as águas do Nilo à esquerda. Vale bem a pena. Para quem não lhe apetece montar pode sempre ir de barco, o que não foi o caso para a maioria de nós.



Ao se entrar na aldeia dá-nos a sensação que estamos noutro país. De facto os núbios nada tem a ver com os egípcios e naquele espaço podíamos jurar que estávamos na “África negra”. A amabilidade com que fomos recebidos foi incomparável. Depois de uma pequeno tour pela aldeia fomos então tomar um chá a uma casa particular.



Lá dentro podemos descansar e conhecer toda a família que lá habitava incluindo as queridas criancinhas, que ficaram maravilhadas por se verem na máquina digital. Foi mesmo muito agradável.



Tempo ainda para brincar com o animal de estimação da casa: um simpático jacaré Junior. Temo que daqui por uns anos não seja possível tal diversão com este jovem...



Enquanto isso as meninas do nosso grupo recebiam uma gira tatuagem nos braços, tipicamente Núbia.



Já com um espírito saudosista lá tivemos de deixar a acolhedora aldeia pelo final da tarde, apreciando na volta o pôr do sol no Nilo. No barco uma surpresa esperava por nós: Dança do Ventre e também um bailarino para animar as nossas meninas.



Já nos deitamos bastante tarde, tendo em conta que a alvorada seria às duas da manhã para rumarmos até Abu Simbel...

A. Narciso @ quinta-feira, julho 29, 2004

quarta-feira, julho 28, 2004

Assuão 



Assuão é a cidade mais meridional do Egipto ficando naquela que é considerada a zona mais encantadora do Nilo, onde o deserto se prolonga até à beira da água e o rio é salpicado de ilhas. Tem uma grande comunidade de núbios e o ambiente descontraído da cidade torna-a num local extremamente relaxante.



A nossa primeira visita foi à grandiosa barragem de Assuão. Após isso, apanhamos um pequeno barco, rumamos ao encantador templo de Philae que fica situado na Ilha de Agilika. Uma pequena ilha paradisíaca onde apetece ficar.



À tarde iniciou-se uma das visitas que mais me agradou em toda a viagem. Uma feluca levou-nos por uma inesquecível viagem pelo Nilo em direcção a uma aldeia núbia. As imagens falam por si.







Após cerca de uma hora de viagem finalmente chegamos a terra. Por nós esperavam estes simpáticos animais que nos iriam levar à já mencionada aldeia. Fiquei a perceber porque é que lhes chamam barcos do deserto – abanam que se farta estes simpáticos amigos.

A. Narciso @ quarta-feira, julho 28, 2004

terça-feira, julho 27, 2004

Kom Ombo 



Pelo meio da tarde chegamos a Kom Ombo. Rodeada de campos de cana-de-açúcar e milho, Kom Ombo é uma agradável vila agrícola, habitada por muitos núbios deslocados pela criação do lago Nasser. O templo greco-romano da vila, em ruínas mas ainda imponente, fica num cenário particularmente bonito sobre o Nilo.
Na capela de Hátor podemos ver algumas múmias de crocodilos, retirados da necrópole de crocodilos, que fica relativamente próxima do templo.



Do templo, olhamos para baixo e podemos ver um enorme mercado, com algumas esplanadas árabes onde o tradicional Water Pipe marca presença (na foto podem ver a quantidade de pó que estava no ar, vindo do deserto circundante).



Descemos então, negociou-se mais uma boa hora (Water Pipes bem baratos, a sensivelmente 5 euros), e lá nos dirigimos a um dos tais cafés para beber um chá de menta, escutar uma música tradicional egípcia e claro fumar Water Pipe.



No regresso ao barco esperava por nós a já mencionada festa árabe. Foi um jantar tipicamente árabe com todo o barco vestido a preceito. Sim, também me vesti de árabe!
Uma noite muito animada, enquanto se navegava até Assuão, que acabou na discoteca como não poderia deixar de ser.

A. Narciso @ terça-feira, julho 27, 2004

segunda-feira, julho 26, 2004

Edfú 



Ao acordarmos já estávamos ancorados no porto da cidade de Edfú, que fica a meio caminho entre Luxor e Assuão. À frente do barco dezenas de carroças esperavam por nós, para nos levarem ao Templo de Horús, o deus-falcão.



Ao chegarmos às imediações do templo deparamos com um grande mercado de roupas egípcias. Mesmo a calhar. Afinal, segundo o nosso guia Salah, iríamos ter uma noite Egipcia no barco neste preciso dia. Lá tive de trocar algumas t-shirts pelas nossas vestimentas.



Negocio concretizado, time to see the temple. E que grande templo. Incrivel de imaginar que esteve escondido sob areia e sedimentos quase 2000 anos. Refiro ainda que este é o maior e mais bem conservado templo ptolemaico do Egipto.

Depois de observar este colosso de fora e de ouvir atentamente as explicações de Salah, lá nos decidimos a entrar pelos pequenos e escuros tuneis que nos levariam à câmaras onde eram feitas as oferendas aos deuses. Escutava-se um estranho som, e logo reparei que tinhámos a companhia de uns dorminhocos amigos. Vários morcegos dormiam nas escuras passagens. A custa lá os consegui apanhar com a objectiva.



Mas valeu a pena percorrer os escuros caminhos. As câmaras tinham algo de mágico, de envolvente, como podem reparar pela foto. Tempo ainda para subir ao terraço que nos ofereceu uma vista soberba sobre o Nilo e os campos em redor.



E assim se passou mais uma manhã. Regressamos ao barco e partimos rumo a Kom Ombo, ultima paragem antes de chegar à grande cidade de Assuão.

A. Narciso @ segunda-feira, julho 26, 2004

sábado, julho 24, 2004

A caminho de Edfú 



Depois da violenta manhã, chegou finalmente hora de almoçar e de descansar. Mal chegamos ao barco, o mesmo zarpou rumo a Edfú, onde deveriamos chegar na proxima manhã.

Depois do belo repasto egipcio, nada como ir até ao ultimo piso do barco (quinto) e apreciar a paisagem que o Nilo nos oferece, enquanto se bebe um belo de um nescafe. E aqui seguem algumas fotos onde podem ver as margens do Nilo e uma Feluca, barco tipico destas paragens.





Sem dúvida que era agradável, mas o ultimo piso é no fundo uma esplanada e uma piscina ao ar livre, logo nada de ar condicionado. Apesar de no meio do Nilo estar mais fresco (40 graus) não era propriamente o pólo norte!!! Para mais, depois do almoço, cansados como estavamos, o fresquinho quarto chamava por nós.

E assim lá fomos para a sesta. Acordamos com a imagem que podem ver na foto abaixo. Vários pequenos barcos rodeavam o nosso barco que se encontrava parado nas comportas de Esna. Dos barcos os egipcios negociavam com as pessoas que estavam no topo do nosso barco e quando acertavam um preço atiravam para o quinto andar o produto (roupa. Na foto conseguem ver uma a voar) e logo era enviado de volta com o dinheiro do pagamento. Sem dúvida surreal! Imaginem acordar, olhar para a janela e verem algo assim...



Tivemos de esperar até às 22.00 horas para passar as comportas de Esna e prosseguirmos a nossa rota até Edfú. Depois de assistirmos à passagem, rendidos pelo cansaço lá fomos para a cama. Afinal o dia começava às 7 da manhã.

A. Narciso @ sábado, julho 24, 2004

sexta-feira, julho 23, 2004

Templo de Karnak e Luxor 



Saindo do Templo de Hatshepsut, em direcção ao Templo de Karnak, fizemos ainda outra paragem na margem oeste do Nilo, para ver os Colossos de Mémmon. Originalmente estas estatuas guardavam o templo funerário de Amenhotep, que se julga ter sido o maior alguma vez construído no Egipto. O templo foi saqueado por faraós posteriores e destruído pelas cheias anuais, restando apenas os dois colossos sem rosto que , apesar do desgaste do tempo, são uma visão impressionante.

Posso ainda adiantar que aí fiz o meu primeiro “trade” de relevo. Troquei um relógio da Marlboro por uma grande estatueta de alabastro.



O cansaço já era visível em todo o grupo quando chegamos à entrada do Templo de Karnak, mas a sua grandiosidade como que nos deu energia. Bebemos mais uma litrada de água e uma cola fresquinha, para recuperar o açúcar perdido com a transpiração que abunda no forno dos 45-50 graus.

No centro do enorme complexo de Karnak fica o templo de Amon, dedicado ao rei dos deuses. Com inúmeros pátios, alas, colossos e o enorme lago sagrado, a escala e complexidade deste templo são impressionantes.



Um dos destaques vai para a Grande Sala Hipostila, que era suportada por 134 colunas e onde foi filmado uma parte relevante do famoso filme “A jóia do Nilo” (ver foto das colunas).



Destaco ainda a estatua do escaravelho que tem um conto interessante. Reza a lenda que se dermos 3 voltas à mesma no sentido do relógio teremos muita fertilidade. Se o fizermos no sentido inverso teremos muito dinheiro. Não vos vou revelar qual dos sentidos escolhi :)

De seguida, já mais mortos que vivos, rumamos até ao Templo de Luxor, que seria a ultima paragem do dia que já ia longo e muito violento (julgo que foi o pior) antes de regressarmos ao barco, que estava ancorado mesmo em frente ao dito templo. Era cerca da 13.00 quando chegamos lá, e sentia se em todo o corpo o sal que saía de nós. Parecia areia. Sinal de que precisávamos urgentemente de comida (com bastante sal), água fresca e descanso.



Falando do templo de Luxor, posso dizer que é um exemplo da elegante arquitectura do período dos faraós. O acesso ao templo é feito por uma avenida de esfinges, que outrora se prolongava por toda a extensão entre Luxor e karnak, de quase 2 kms.

E com esta imagem da entrada do templo de Luxor me despeço por hoje...

A. Narciso @ sexta-feira, julho 23, 2004

quinta-feira, julho 22, 2004

Do Vale dos Reis ao Templo de Hatshepsut 



Por volta das 7 horas chegavamos porfim ao remoto e árido Vale dos Reis, necrópole dos faraós do Império Novo. Visitamos então várias tumbas, de onde se destaca o Túmulo de Séti I, de Amenhotep , de Ramsés IV, VI e IX e o Túmulo de Tutankhamon. Ao contrário do que possam pensar este último é detentor de uma das mais modestas tumbas, sendo que recheio se encontra na sua maioria no Museu do Cairo. Todas os outros túmulos têm inúmeras decorações nas suas paredes, algo que não acontece com o famoso Tutankhamon, que muitos dizem se tratar de uma rapariga.



Subimos ainda as escadarias que nos levaram ao Túmulo de Tutmósis III. Este túmulo foi escavado a 30 metros do solo numa tentativa vã de deter os ladrões.

Logo aqui oportunidade para os primeiros contactos com os ávidos negociantes Egípcios. Uma autêntica delicia, para quem como eu adora negociar e relacionar-se com os nativos. À quem os considere chatos e impertinentes. De facto os Egípcios são natos no negócio e não perdem uma ocasião para fazer negocio. Colam-se a nós como lapas, oferecendo de tudo, que vai de estatuetas de alabastro a tapetes, papiros e cachimbos de água. O truque é levar material para troca. Os Egípcios valorizam muito coisas que para nós não têm quase valor nenhum. Portanto aconselho a todos levarem uma boa sacada de canetas (de uma empresa qualquer), bonés, isqueiros, relógios que se ganha por aí como brindes, t-shirts, etc. Se forem prevenidos fazem bons negócios e travam bons conhecimentos. Afinal de contas eles adoram negociar, e quando apanham um seu semelhante até ficam contentes. Mas sobre negócios falarei com mais detalhe no relato sobre o grande mercado do Cairo. Só para ficar o apontamento de que por tudo quanto é lado se negoceia.

Ao sul do Vale dos reis está os Túmulos dos Nobres, que inclui mais de 400 túmulos de nobres e altas autoridades de Tebas. Enquanto os túmulos reais eram escondidos num vale remoto, estes estavam mais perto da superfície das colinas que se erguiam sobre o Nilo.

De seguida partimos para o Vale das Rainhas que fica a sudoeste do Vale dos Reis e que tem Túmulos de muitas mulheres e filhos de reis. Dos quase 80 tumulos que ocupam o vale, o mais famoso é o da rainha Nefertari, esposa de Ramsés II, e que é considerado por muitos como o mais belo de todo o Egipto.

Como já devem ter reparado não tenho qualquer foto do interior das tumbas. Razão: É proibido tirar fotos no seu interior, por motivos de preservação. Nada que não se contorne, caso se pague uma gorjeta ao “porteiro”. Mas eu não estive para isso.



De seguida fomos visitar o nosso primeiro templo, o Templo de Hatshepsut, a única mulher faraó. Com as montanhas como cenário o Templo Mortuário de Hatshepsut, parcialmente talhado na pedra, é uma visão impressionante, como podem comprovar pela foto.



No interior do templo podem ver-se inúmeras estátuas de Hatshepsut assim como inúmeras pinturas. Destaque para a capela de Anúbis, que contém murais de cores vivas, incluindo um relevo de Tutmósis III a fazer oferendas ao deus sol Rá-Harakhty.



Daqui partimos para o famoso templo de Karnak mas esse relato terá de ficar para depois. Por hoje me despeço com uma foto tirada de dentro do templo de Hatshepsut.

A. Narciso @ quinta-feira, julho 22, 2004

quarta-feira, julho 21, 2004

A caminho do Vale dos Reis e das Rainhas 



Confirmou-se, a alvorada foi mesmo pelas cinco da matina. Mal deu para pegar no sono e a custo lá nos arrastamos para a sala do pequeno almoço. Pelas seis horas já estavamos a sair do barco, e já o sol brilhava no céu azul. A temperatura já rondava os 35 graus. Entramos no autocarro rumo ao Vale dos Reis e das Rainhas, numa viagem que iria demorar cerca de uma hora. Salah anunciava ao microfone que o dia seria "muito rico" e que só regressariamos ao barco pelas 13.30. Apesar do sono e do cansaço os olhos não se atreviam a fechar. A paisagem que passava por nós, as pessoas, as casas, as rotinas matutinas, tudo era diferente, tudo nos atraía.



Por tudo isso, antes de relatar como foi o primeiro dia, vou deixar-vos com algumas das fotos que tiramos a caminho do Vale do Reis, para que assim possam ter o primeiro "Taste of Egypt".





A. Narciso @ quarta-feira, julho 21, 2004

terça-feira, julho 20, 2004

Lisboa - Luxor 



Na Portela já o avião da Lótus Air nos esperava e logo aí se começou a sentir o espírito do Egipto. A viagem seria longa, mas sentia-se que valeria a pena. Estava tudo preparado. A quem viajar para locais idênticos aconselho a levarem o inevitável anti-repelente, comprimidos para o estomago (nem sabem o quanto vão agradecer por os terem convosco) e uns sais minerais, para compensar a perca de sal com a transpiração.

Demorou um pouco mais de cinco horas para avistarmos solo Egipto. Já passavam das 22.00 horas locais (mais duas que em Portugal) quando aterramos em Luxor. Ao sair do avião um bafo de calor, no mínimo sufocante. As formalidades com os vistos demoraram algum tempo e só por volta da meia noite entramos no autocarro que nos iria levar ao barco, que iria ser a nossa casa ambulante nos próximos cinco dias. Logo aí conhecemos Salah, aquele que iria ser o nosso guia, durante toda a viagem.



Apesar de já ser tarde,as ruas de Luxor mantinham-se animadas e deu para perceber que a condução é no mínimo caótica por terras egípcias. As carroças, os burros e os carros vagueiam pelas estradas de forma completamente aleatória. Com, sem luzes, pela mão, em contramão, tudo se via. Mas não seria nada em comparação com o que nos esperava no Cairo.

Passada meia hora chegávamos finalmente ao barco, diretamente para a sala de jantar. Muito agradável por sinal a embarcação. Alguém se lembrou de perguntar a Salah qual era a temperatura que tinha estado durante o dia, ao que ele respondeu: “Querem a oficial ou a verdadeira? A oficial é 35, a verdadeira é 45”. Se já estava um calor insuportável com 35 à noite, até custava a imaginar como seria quando o sol se erguesse.

Ainda ao jantar, que terminou às 2 e meia, a boa nova: a alvorada seria às 5 da manhã. Previa-se um dia bem violento. Altura de ir para a caminha. Afinal demoraria apenas pouco mais de 2 horas para o novo dia começar. Ainda tempo para mirar as calmas águas do Nilo e dizer: “A aventura mal tinha começado”

A. Narciso @ terça-feira, julho 20, 2004

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2004 by Alexandre Narciso

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