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Alma de um VagaMundo

sexta-feira, setembro 22, 2006

Melodia 



O Outono timidamente espreita na esquina deste dia. Nos jardins já esvoaçam, ao sabor terno do vento de final de verão, as amareladas folhas. O chilrear dos pássaros começa a desaparecer e as cigarras parecem já ter hibernado. Hoje, neste dia que circunda o Outono, também eu quero hibernar nos teus braços, celebrando um Amor sempre crescente. Hoje pode ser a véspera do Outono, mas lá bem no alto o sol brilha, e no nosso coração escuta-se a melodia da eterna Primavera. Parabéns!!!

A. Narciso @ sexta-feira, setembro 22, 2006

terça-feira, setembro 19, 2006

Cusco 



Por entre as enormes montanhas da cordilheira dos Andes, a cerca de 3400 metros de altitude, “esconde-se” a antiga capital do Império Inca, a cidade de Cusco (que no idioma Quíchua significa “umbigo”). Logo à chegada somos brindados com o síndroma da “altitude sickness” e como não poderia deixar de ser, com o tradicional remédio para tais indisposições, o famoso Mate de Coca. Depois de uma boa litrada do milagroso chá (como dizem os peruanos “Hoja de coca no es droga” – confirma-se), as tonturas e a indisposição começam a passar, ficando apenas a dificuldade em respirar (fruto do pouco oxigénio), que sempre atrasa o passo aos caminhantes, sobretudo quando têm de subir alguns montes. Mas nada que não se supere, sobretudo quando a sede de descoberta é grande.



O primeiro local a ser visitado por nós foi o imponente Koricancha (o Templo do Sol Inca), que foi convertido em convento pelos espanhóis no século XVII (hoje chama-se também Convento de São Domingo). Para além da beleza do edifício (de decoração Barroca) as arcadas do seu átrio foram transformadas num museu arqueológico, onde se pode ver das mais bem conservadas pedras Incas. É sem dúvida interessante comparar os dois tipos de arquitectura (a Inca e a Espanhola), que convivem lado a lado neste local. O templo do sol, assim como outros de menor relevo (templo da Lua, Vénus, etc) também se encontram em relativo bom estado de conservação e merecem a nossa visita.



Após a visita a Koricancha rumamos até à Plaza de Armas, onde se pode ver e sentir a vida peruana e onde as principais ruas de Cusco desembocam. Já em Lima tínhamos visitado uma praça similar, mas a de Cusco é de excepcional beleza e é o local perfeito para recuperar o fôlego, sentado num dos seus bancos, depois de uma caminhada pela cidade (e bem que se precisa de fôlego a esta altitude). O único senão é a quantidade de crianças e adultos (à semelhança de Lima) que tentam a todo o custo que lhes compremos algo, ou que tiremos uma fotografia a seu lado (e dos seus animais) de forma a ganharem alguns soles (moeda local). De notar ainda que nas arcadas que rodeiam a praça se podem encontrar vários restaurantes com excelentes iguarias andinas (sobre isso falaremos mais tarde), agências de viagens (para se ir a Machu Picchu é imprescindível) e lojas de recordações (sempre importante). Mas apesar de tudo, o grande “highlight” da praça é, sem sombra de dúvidas, a imponente Catedral de Cusco.



A mencionada Catedral data de 1669, se bem que a sua construção se iniciou um século antes, tendo sido erguida por cima de um palácio Inca (Palácio Virococha). É em nossa opinião a mais bela catedral do Peru, superando em beleza (e talvez mesmo em tamanho) a sua congénere de Lima. Um verdadeiro tesouro dos tempos coloniais espanhóis.

Mesmo ao lado da Catedral (do outro lado da estrada) fica outro dos monumentos que quem passa por Cusco não pode deixar de visitar. Estou a falar da Igreja Jesuíta, construída no local onde anteriormente ficava o palácio do Imperador Inca (como já devem ter depreendido, os espanhóis gostavam muito de construir em cima das construções Incas – visível por toda a cidade). Historia à parte, é um local que merece um olhar atento.



Após visitar o centro histórico da cidade rumamos até ao Sacsayhuaman (soletrado com “Sexy Women”, o que origina diversas brincadeiras), nome dado às ruínas Incas que ficam num dos montes que rodeia a cidade (aqui já estaremos a quase 4000 metros de altura). É possível chegarmos lá a pé vindo do centro, mas não é aconselhável, sobretudo se ainda não se tiver feito a aclimatização (entre 24 a 48 horas para quem venha do nível do mar). De “Sexy Women” não tem nada mas uma vez lá é maravilharmo-nos com a vista sobre a cidade (não perder o pôr-do-sol) enquanto imaginamos como seria Cusco antes da invasão espanhola (Cusco foi originalmente construída em forma de Puma, sendo que Sacsayhuaman seria a sua cabeça). O espaço é enorme e algumas das pedras das construções têm mais de 200 toneladas medindo cerca de 8 metros. Imperdível! E por hoje ficamos por aqui...

A. Narciso @ terça-feira, setembro 19, 2006

quarta-feira, setembro 06, 2006

Sombra 



O vento sopra de norte embalando as águas de mil tonalidades de verde da lagoa. A oeste do imponente vulcão Licancabur está o deserto de Atacama, aquele que é considerado o mais árido do mundo. Difícil de acreditar tendo em conta que enquanto caminhamos, os nossos passos tatuam a fofa neve. É assim o lado este de Licancabur; é assim a entrada na Bolívia. Agora o vento sopra mais forte, levantando a neve, mas nós permanecemos caminhando, trilhando a vida na sombra do amor...

*AAA*

A. Narciso @ quarta-feira, setembro 06, 2006

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