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Alma de um VagaMundo

segunda-feira, outubro 31, 2005

Snapshot IV 


Percorremos um caminho há muito esquecido pelo homem.
Eu quero. Tu queres. Avancemos.


Votos de uma boa semana!

Anónimo @ segunda-feira, outubro 31, 2005

sexta-feira, outubro 28, 2005

Unforgettable 



Em todos os instantes da vida “that´s what you are”

Unforgettable, that’s what you are
Unforgettable though near or far
Like a song of love that clings to me
How the thought of you does things to me
Never before has someone been more

Unforgettable in every way
And forever more, that’s how you’ll stay
That’s why, darling, it’s incredible
That someone so unforgettable
Thinks that I am unforgettable too

(Instrumental)

Unforgettable in every way
And forever more, that’s how you’ll stay
That’s why, darling, it’s incredible
That someone so unforgettable
Thinks that I am unforgettable too

Nat King Cole

A. Narciso @ sexta-feira, outubro 28, 2005

quarta-feira, outubro 26, 2005

Dias... 



Nos dias que me queiras, as rosas se vestirão com a sua melhor cor
As estrelas bordarão o céu de azul para nos ver passar
E o vento que cruza os campos dirá que és minha
Ao som gotejante das fontes que entoam amor.

A. Narciso @ quarta-feira, outubro 26, 2005

segunda-feira, outubro 24, 2005

Snapshot III 


Está tudo dito...

Votos de uma Boa Semana!!!

A. Narciso @ segunda-feira, outubro 24, 2005

quarta-feira, outubro 19, 2005

Narcotango - Em Cartaz 



É já amanhã que Carlos Libedinsky apresenta no Hard Club de Gaia o projecto Narcotango, seguindo depois para o Club Lua em Lisboa, onde irá dar os restantes concertos (sexta e sábado) desta sua primeira passagem por terras lusas. Para quem ainda não conhece o Narcotango coloquei como musica ambiente uma das músicas do album, nomeadamente a “doble o nada”. Boas escutas!!!


"Concebido por Carlos Libedinsky, Narcotango é um disco e um espetáculo visionário feito por um dançarino para dançar que resultou numa mistura do tango de Osvaldo Pugliese com Massive Attack. É, de longe, o mais perfeito cruzamento entre o tango e a música electrónica actual. Não só é um disco bonito e hipnótico para se ouvir como serve de inspiração para dançar o que o torna num dos discos de tango mais importantes desta geração. Na Linha dos Gotan Project numa vertente mais clássica.
Segundo o próprio Carlos Libedinsky: "NARCOTANGO” is a deep embrace between Tango and the electronic music atmosphere of our time"

PS: A galeria com as fotografias de Angola já se encontra disponível na respectiva secção. Para ver e rever!

A. Narciso @ quarta-feira, outubro 19, 2005

segunda-feira, outubro 17, 2005

Snapshot II 


Pintamos o sonho a aguarelas...

Votos de uma Boa Semana!!!

A. Narciso @ segunda-feira, outubro 17, 2005

quarta-feira, outubro 12, 2005

Recortes de uma Moleskine IV 



A espera num trago de rum

Acomodo-me com dificuldade dentro do meu velho corta-vento cinza. Devia ter seguido o conselho da turca louca da lavandaria, em vez de me ter metido a lavá-lo naquela caixa metálica a que o colombiano Jimenez chama de máquina de lavar roupa. Bem, tarde piei...

Assim desço as negras escadas de ferro daquela ruína vermelha, a que chamo de casa, saindo na OstseeStrasse. Na rua, a noite de Agosto traz à memória os dias frios do Inverno do Ártico. É assim Hamburgo, uma cidade onde o verão é uma qualquer tarde de Junho. Na esquina com a Reeperbahn, um qualquer bêbado sem-abrigo é espancado por dois neo-nazis em igual estado. Do outro lado da estrada três africanas vestidas com longas gabardines tentam, em vão, vender aquilo que têm, aos escassos transeuntes de Saint Pauli. É uma actividade pouco lucrativa numa noite assim... uma pessoa com o mínimo de juízo fica em casa a ver televisão e a tragar uma qualquer bebida manhosa comprada ao desbarato aos contrabandistas do Elba. Mas eu preciso de andar, de apanhar ar, ou melhor de apanhar ventania. Faz-me bem para colocar as ideias no lugar. Sempre fui assim. Se tenho os pensamentos em intempérie não consigo estar num lugar acolhedor como o é o lar. Preciso de harmonia percebem? Nem eu...

E é com este pensamento a vaguear pela mente que avanço rumo ao porto. Gosto de caminhar por lá nas horas mais tardias. À noite não se vê turistas, casais apaixonados ou mirones depravados. Sobretudo numa noite invernal de Agosto.

Páro junto à torre portuária. Os barcos não param de chegar e partir. Uns trazem sonhos, outros levam-nos com eles. Hamburgo também é assim, um entreposto de sonhos. Sinto o frio cortar-me a face enquanto miro a escuridão, recortada pela luz dos barcos no Elba.

Três indivíduos latinos cortam o silêncio seguramente animados pela bebida. Caminham abraçados e soltam gargalhadas estridentes em resposta às frases que aleatoriamente cada um deles solta. Seguem em direcção ao mal afamado bar Tierra del Fuego, do qual o meu velho amigo Pablo é proprietário. Pablo é um daqueles argentinos loucos lá das bandas da Patagónia, danado por rum, mulheres e um tango bem tocado. É um bom homem, com quem se pode beber um copo, rir e chorar... sim, porque os homens também choram, sobretudo aqueles que vêm de lugares inóspitos, como o é a Patagónia.

As memórias das nossas longas conversas levam-me a seguir a pandilha latina até à rude porta de carvalho do Tierra del Fuego. Como sempre um tango faz-se ouvir. No interior um bando de marinheiros aquece a alma com rum, enquanto as meninas de Hamburgo lhes tentam aquecer o corpo, aliviando-os para tal do excesso de peso das suas carteiras.

Dirijo-me ao bar, peço um rum e pergunto por Pablo.
- O señor Pablo não se encontra. Está de férias em Sylt com a familia. Só regressa em Setembro – responde-me Juanito, o taberneiro mais papável da cidade Hanseática.
Bebo o rum de um trago só e respondo-lhe que não faz mal, que apenas queria dar-lhe um abraço. Peço outro. Isto do rum é viciante. Melhor que o frio como terapia para o coração.

Na pequena pista do Fuego um jovem casal inicia o ritual de dança do novo tango que agora toca. Gotan Project, julgo eu. Embalados pelo subir da música, os seus corpos confundem-se sob a luz fosca do bar. Ela sorri, com um brilho no olhar que faz lembrar o luar de Agosto no meu país. Os lábios dele roçam no seu pescoço enquanto a segura em seus braços. As pernas entrelaçam-se, os passos aceleram. A harmonia dos amantes fascina-me. Também já fui assim, invisível nos teus braços, num qualquer palco deste mundo.

Peço mais um rum. Estamos em sintonia. Ele escorrega para o copo quase à mesma velocidade com que escorrega pela minha garganta. Gosto. Peço outro para acompanhar um cigarro. Qualquer desculpa é uma boa desculpa para mais um copo.

Os marinheiros estão cada vez mais animados, as mulheres mais oferecidas, o casal em maior harmonia e eu cada vez mais perto de ti.
O rum e o fumo trazem até mim a nossa realidade. Eu sei, eu sei, hoje é Agosto e é Inverno em Hamburgo. Mas eu aguardo assim pelo amanhã, por Setembro, pelo chegar da minha Primavera.

A. Narciso @ quarta-feira, outubro 12, 2005

segunda-feira, outubro 10, 2005

Snapshot 


A vida ao sabor do lento correr das águas.

A. Narciso @ segunda-feira, outubro 10, 2005

sexta-feira, outubro 07, 2005

Beijo 


Robert Doisneau, Le baiser de l'hôtel de ville

Imune ao mundo, que roda sem saber
Indiferente ao tempo, que corre por correr
Num abraço inesperado, na invisibilidade dos amantes...
Molda-se um beijo.

A. Narciso @ sexta-feira, outubro 07, 2005

quarta-feira, outubro 05, 2005

Retiro Sadino - Dolce Vitta 

Como prometido, está de regresso a rubrica “Dolce Vitta”, desta feita pela mão da Anabela, aquela que dá sentido à expressão "Um" Vagamundo, e que será de futuro a responsável por esta rubrica. Boa leitura!!!

Alexandre Narciso

Já que se avizinha o fim-de-semana e para quem deseje um dia de descanso e lazer à porta de casa, aqui vai a nossa sugestão. Partindo de Lisboa são apenas uns 100 km em direcção ao sul. Falo de Alcácer do Sal: uma boa opção para uma road trip de um dia.



Para os que gostam de desligar o despertador num dia feriado, o melhor será mesmo descansar bem e encarar o dia sem pressas. Sem hora marcada para a chegada à cidade, o mais provável é ser já chegado o momento em que o estômago já reclama por um aconchego nutricional. Dentre uns poucos de restaurantes que se podem encontrar ao longo da marginal do rio Sado, rio que serpenteia as lezírias da região, não escapa a olhos atentos este requintado retiro com um ambiente familiar e acolhedor.

O Retiro Sadino dispõe duma variedade de pratos que faz jus a uma rica gastronomia regional alentejana: umas saborosíssimas migas alentejanas, a sobejamente conhecida carne de porco à alentejana, umas batatas de rebolão de lamber os beiços, a vitela à sadino, e as sopas de cação e de peixe. Não se esqueça de acompanhar este manjar com um belo vinho, de preferência da região. Na doçaria, da qual o pinhão é um dos ingredientes principais, destaque para a pinhoada e o farta frades.

Sem pressas, degustar esta refeição é um mimo, principalmente quando a companhia é a melhor que podemos querer para partilhar estes pequenos grandes prazeres.

Retiro Sadino
Rua da República, nº4/6 (Rua Direita)
7580-135 Alcácer do Sal
Tel: 265613086

Anónimo @ quarta-feira, outubro 05, 2005

terça-feira, outubro 04, 2005

6ª Festa do Cinema Francês - Em Cartaz 

Arranca na próxima quinta-feira a 6ª Festa do Cinema Francês a decorrer em quatro cidades portuguesas, nomeadamente Lisboa, Porto, Coimbra e Faro. Até dia 3 de Novembro vão passar por Portugal 32 longas-metragens dos mais diversos géneros cinematográficos.



Em Lisboa o festival vai decorrer no Instituto Franco-Português e no Fórum Lisboa, recebendo estes espaços todos os filmes em cartaz até ao dia 16 de Outubro. A Cinemateca também se associa à Festa do Cinema Francês, nomeadamente com a homenagem prestada a Fanny Ardant (“8 Femmes”, “Elizabeth”), actriz que vai estar em Lisboa durante o festival.

Apesar da extrema qualidade geral do cartaz, é inevitável destacar algumas obras, sendo que vos deixo com uma pequena sinopse desses destaques.

“Caché”


Realização: Michael Haneke
Com: Juliette Binoche, Daniel Auteuil, Maurice Bénichou, Walid Afkir, Annie Girardot, Bernard Le Coq, Daniel Duval, Nathalie Richard, Denis Podalydès

Georges, jornalista literário, recebe vídeos – filmados clandestinamente a partir da rua – em que aparece com a família, assim como desenhos perturbadores e difíceis de interpretar, e não faz a menor ideia da identidade do remetente.
Pouco a pouco, o conteúdo das cassetes vai-se tornando cada vez mais pessoal, o que leva a pensar que o autor o conhece há muito tempo.
Georges sente que uma ameaça paira sobre si e sobre a sua família mas, como não é explícita, a polícia recusa-se a ajudá-lo...

“Arsène Lupin”


Realização: Jean-Paul Salomé
Com: Romain Duris, Kristin Scott Thomas, Marie Bunel, Pascal Gréggory, Eva Green, Robin Renucci

Arsène Lupin é um ladrão despreocupado, que vai despojando a aristocracia parisiense graças ao seu charme irresistível. O seu encontro com uma sedutora aventureira, a condessa de Cagliostro, vai transformar o carteirista principiante num ladrão de altos voos. Na pista do tesouro perdido dos reis de França, cobiçado por uma obscura confraria monarquista, o jovem virtuoso multiplica os golpes aparatosos: assalto a um comboio lançado a toda a velocidade, perseguição nas catacumbas de Paris... Mas a sua paixão cega pela venenosa condessa vai perturbar a sua demanda...

“C’est pas tout à fait la vie dont j’avais rêvé”


Realização: Michel Piccoli
Com: Roger Jendly, Michele Gleizer, Elizabeth Margoni, Monique Eberlé, Nicolas Barbot

Um homem – duas casas – uma mulher – uma amante – uma empregada.
Um homem divide a sua vida entre o clube, a casa que partilha com a mulher e a casa que partilha com a amante. Com a cumplicidade da empregada, vai despojando uma para oferecer prendas à outra.
Uma só tem direito a partidas de Scrabble jogadas em silêncio, ao passo que a outra recebe declarações e ramos de flores diários.
Mas este homem acaba por reproduzir com a amante os mesmos rituais de sempre.

“Joyeux Nöel”


Realização: Christian Carion
Com: Diane Kruger, Guillaume Canet, Dany Boon, Bernard Le Coq, Benno Fürmann, Gary Lewis, Daniel Brühl, Lucas Belvaux, Steven Robertson, Alex Ferns

Este filme é inspirado numa história verídica, que aconteceu durante a Primeira Guerra Mundial, na noite de Natal de 1914, em vários sítios da frente de batalha.
Quando a guerra rebenta no Verão de 1914, surpreende e arrasta milhões de homens no seu turbilhão. E o Natal chega, com a neve e as prendas das famílias e dos Estados-Maiores. Nessa noite, um acontecimento notável vai mudar para sempre o destino de 4 personagens: um pastor escocês, um tenente francês, um tenor alemão e um soprano dinamarquês, estrelas da época que, por ocasião da noite de Natal de 1914, se vão encontrar no meio de uma confraternização sem precedentes entre soldados alemães, franceses e britânicos. Vão deixar a espingarda no fundo das trincheiras para irem ter com quem está do outro lado, apertar-lhe a mão, trocar cigarros e chocolate, desejar "Feliz Natal!"

“Les Poupées Russes”


Realização: Cédric Klapisch
Com: Romain Duris, Audrey Tautou, Cécile de France, Kelly Reilly, Kevin Bishop, Evguenya Obraztsova

Xavier tem trinta anos. Cinco anos depois de “A Residência Espanhola”, concretizou o seu sonho de infância: ser escritor… ou quase. Ora jornalista, ora colaborador anónimo de escritores célebres, autor de historietas xaroposas ou argumentista de telenovelas, vai acumulando os biscates. Como se não bastasse, a sua vida sentimental está um caos. Obrigado a ir trabalhar para Londres e, depois, para São Petersburgo, será que nas suas viagens irá conseguir conciliar trabalho, amor e escrita?

Boas Sessões!!!

A. Narciso @ terça-feira, outubro 04, 2005

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2004 by Alexandre Narciso

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