quarta-feira, novembro 29, 2006
Aguas Calientes
Para quem vai a Machu Picchu, Aguas Calientes é um ponto de passagem obrigatório. Mas esta pequena aldeia andina não se resume a ser um entreposto para quem visita as famosas ruínas Incas. Apesar de pequena, Aguas Calientes respira magia, tradição e tranquilidade. É preciso é procurá-la, de preferência longe dos milhares de turistas que se atropelam, em redor da estação de comboios, para apanhar o próximo autocarro para o famoso santuário. Por isso recomendamos uma noite passada aqui, no meio dos andes, ouvindo o riacho, que corre com pressa, e olhando de baixo para as íngremes rochas que despontam do chão e nos fazem sentir tão pequeninos.
É obrigatório um passeio pelas ruelas da aldeia, onde se encontram peruanos de gema nos seus afazeres, observando os pequenos tesouros da cidade (a castiça linha férrea rodeada por casas multi-coloridas, a estátua do rei Inca, a modesta igreja, etc). Igualmente indispensável é um passeio junto ao rio com a mata andina em redor, a fazer-nos lembrar as idílicas selvas dos confins da Amazónia. E se a magia da simplicidade desta terra e deste povo acolhedor não vos chegar, então percam-se em compras no típico mercado artesanal de Aguas Calientes, onde negociar é lei, para quem quer trazer recordações para todos os que ficaram em casa.
E a cereja em cima do bolo para um dia passado no coração dos andes é uma noite tipicamente andina, onde não faltou a música nem as danças locais a darem ainda mais sabor aos petiscos serranos. Mas a crónica dessa noite fica para outro dia, numa dolce vita que no mínimo será deliciosa...
A. Narciso @ quarta-feira, novembro 29, 2006
sábado, novembro 25, 2006
Através dos teus olhos
Olho através dos teus olhos e vejo o amor, vejo o futuro com que ambos sonhamos e o presente que conquistamos.
Olho através dos teus olhos e revejo o dia em que para sempre unimos o coração... e sorrio, na certeza de ser feliz a teu lado.
A. Narciso @ sábado, novembro 25, 2006
sexta-feira, novembro 17, 2006
Manhãs
Manhã fria de um sol sorridente pincelando um quadro de azul pintado. Da nossa janela dizemos bom dia ao Tejo. O aroma do café decora o ar, os teus gestos embelezam o meu pensamento. Aproxima-se a hora de partir. Num beijo, a vontade revelada de ficar. Mais um abraço, polvilhado de amor, antes da porta nos separar. É sempre cruel a despedida matutina, sempre doce a certeza do regresso...
A. Narciso @ sexta-feira, novembro 17, 2006
terça-feira, novembro 14, 2006
Machu Picchu
Machu Picchu é considerado o maior símbolo do Império Inca, tendo sido descoberto pelo historiador americano Hiram Bingham, que lhe deu o cognome de “A cidade perdida dos Incas”. Localizada a 2350 metros de altura, Machu Picchu ergue-se no topo de um penhasco que dá directamente para o rio Urubamba (600 metros de altura do topo até ao rio), custando-nos a imaginar como é que conseguiram construir uma cidade num local tão inacessível. Não é à toa que os estudos arqueològicos indicam que Machu Picchu foi feita de propósito para proteger a aristocracia Inca a um eventual ataque, havendo vestígios de que nela habitavam pouco mais de 700 pessoas. Parece que cumpriu os seus desígnios visto que tudo indica que nunca foi descoberta pelos exploradores espanhóis.
Todas as visitas a Machu Picchu começam algures na cidade de Cusco. As duas mais populares são o comboio backpacker (por nós escolhido) que nos leva de Cusco até Aguas Calientes na qual se pode apanhar um autocarro que, após oito kilometros de percurso de montanha, nos deixa às portas da cidadela. A outra opção é o mais que famoso Inca Trail (que pode durar 2 ou 4 dias, dependendo do local de partida), que exige para além de boa forma física uma boa dose de coragem visto que grande parte do percurso é feito a mais de 3000 metros de altitude, o que como já referi na passada crónica, não é tarefa fácil.
Mas independentemente da forma escolhida para chegar ao Santuário de Machu Picchu o deslumbre é o mesmo. A cidade Inca está muito bem conservada (tendo já sido alvo de trabalhos de reconstrução por parte da UNESCO) e a localização não podia ser mais idílica. A sensação de paz é inevitável, mesmo com o recinto cheio de turistas sendo que a visão em redor é soberba, com as nuvens a descobrirem de quando em quando os inúmeros cumes das montanhas que rodeiam a cidade. E assim termino esta breve crónica sobre Machu Picchu, sem dúvida um lugar de sonho e para sonhar...
A. Narciso @ terça-feira, novembro 14, 2006
terça-feira, novembro 07, 2006
Dolce Vita
Outros mundos, outros sabores.
Na América Latina, mais propriamente no seio da “perdida” civilização Inca a que os homens e a história fizeram designar de Cusco, há possibilidade de degustar sabores de tempos imemoráveis. Falamos de um prato servido aos reis Incas que a tradição destas paragens levou à mesa dos noivos em celebrações de casamento.
Espantar-se-ão, certamente, os defensores dos animais. Não se choquem os amantes deste animal de estimação de ar fofinho. Se nos abstivermos da imagem do pet (tarefa um pouco complicada!) esta refeição torna-se numa experiência gastronómica deveras saborosa! O pitéu de seu nome CUY na língua peruana é, de facto o nosso tão conhecido porco-da Índia. Sim, é verdade, porco-da-Índia! Assado no forno ou grelhado na brasa, com um tempero não revelado a nós turistas mas de rico paladar, este é um prato a não perder, como prato principal ou num mix de carnes duma parrilla andina, onde um outro sabor se junta – deste falaremos numa próxima crónica de sabores.
A acompanhar…? Um bom vinho, obviamente, chileno de preferência já que o Peru não é propriamente conhecido pelas suas castas a resultarem em néctar dos deuses. Não quer isto dizer que não tenham vinhos bem apaladados, acompanhantes adequados deste(s) novo(s) sabor(es).
Para quem visite o Peru é uma iguaria à qual não nos devemos fazer de rogados pois é uma das grandes especialidades gastronómicas do país.