sexta-feira, abril 15, 2005
Recortes de uma Moleskin
Corremos os dois de mãos dadas pelas margens do rio Arno. A brisa faz os teus cabelos dançar por entre o sorriso que na minha alma se espelha.
Os lábios tocam-se, eliminam a saudade. Com a minha mão na tua, com o teu olhar no horizonte, não existem espaços vazios, não existem distâncias, pecados nem perdões... não existem sois que não brilhem, nem noites sem luar.
Algures no Arno, num pequeno banco de areia, uma ninfa canta a nossa ode. Consegues escutá-la, no passeio que o vento faz pelas ruelas estreitas do Amor?
Algures num miradouro da cidade, um ancião observa os meus, os teus, os nossos gestos. Recorda com saudade quem já foi, quem gostaria de ter sido, quem nunca foi. Em seus pensamentos são dele os nossos passos.
Algures no mundo estou eu, de braços abertos, esperando por ti...
AAA