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Alma de um VagaMundo

quinta-feira, março 10, 2005

Oh Elvas, Oh Elvas, Badajoz à vista... 



Ao percorrermos a estrada nacional, rumo a Espanha, passamos pela sobejamente bem conhecida Cidade de Elvas. Pelas ruas podia-se ver inúmeros cartazes de turismo cujo slogan era algo semelhante a: “Seja diferente, não se limite a passar e visite Elvas, Cidade Monumental”. Não foi para sermos diferentes, mas o que é certo é que paramos, resolvendo assim dar uma oportunidade à cidade, que até então apenas conhecíamos como ponto de passagem. A boa hora o fizemos, pois Elvas reserva inúmeras surpresas a quem a visita, sendo que não é difícil deixarmo-nos seduzir pela história que evoca.



Um dos pontos de visita obrigatória é naturalmente o seu Castelo mandado reedificar em 1226 por D. Sancho II. A entrada da alcáçova faz-se por uma porta aberta na muralha entre as duas torres principais. Aproveitem também para ver as vistas das suas muralhas. É possível ver de lá todos os fortes de Elvas, que A partir do séc. XVII se transformou na mais reputada Praça Forte de Portugal, tendo desempenhado um importante papel durante a Guerra da Restauração.



Descendo do Castelo em direcção ao centro encontrámos a mais imponente Igreja de Elvas. Estou a falar da Igreja de Nossa Senhora da Assunção, antiga Sé de Elvas. Na fachada principal, rasga-se um largo arco de volta redonda com base e colunas de traça primitiva. Já as fachadas laterais apresentam contrafortes, gárgulas e coroamento de merlões chanfrados. O interior merece igualmente uma visita, sendo composto por três naves de abóbodas artesoadas. De salientar a azulejaria dos sécs. XVII e XVIII.



Visitas feitas, nada como sentir a cidade passeando ao longo dos seus recintos amuralhados e que são considerados como uma autêntica obra-prima da arquitectura militar. Têm a forma de um polígono irregular, com doze frentes, sete baluartes e quatro meios baluartes. Do sistema defensivo da praça forte, fazem parte os fortes de Santa Luzia e da Graça. Se chegarem ao forte de Santa Luzia com ele já encerrado, como foi o nosso caso, podem sempre pular as muralhas, literalmente, e sentirem um pouco na pele o que sentiam os ousados que nos tentavam invadir no passado. Para eles não devia ser muito agradável devido à artilharia, mas para nós foi. O único senão era mesmo o vento frio. Nada que o trabalho em equipa não resolva.



Mas não podia terminar esta crónica sem mencionar o famoso Aqueduto da Amoreira, cuja construção foi iniciada em 1498 sob a alçada de Afonso Álvares e concluída em 1622 por Pêro Vaz Pereira. Tem uma extensão de cerca de 7.800 metros e é visível de quase todos os montes que rodeiam Elvas.



Eu sei, toda esta “caminhada” abre naturalmente o apetite. Pois bem, em Elvas podem encontrar inúmeros bons restaurantes e casas de pasto onde podem comer autênticas iguarias alentejanas. O difícil será mesmo escolher...

A. Narciso @ quinta-feira, março 10, 2005

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